sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

'É MUITO BOM VER MINHA MÃE E MINHA FILHA JUNTAS. ELAS SE ENTENDEM COMPLETAMENTE'







Ela está fazendo sucesso como há muito tempo não fazia. Em "Sete Pecados", Gabriela Duarte personifica a diretora Miriam. "Uma pessoa boazinha, mas sem ser caricata", define a atriz. No entanto, mesmo tendo consciência de que a nova personagem conquistou o público, Gabriela diz que os papéis de boa moça podem estar com os dias contados. A filha de Regina Duarte afirma que daria uma boa vilã. "As pessoas não esperam muito isso da minha parte e acho que daria certo", conta a atriz. Mas quando fala de sua primeira filha, Manuela (de apenas um ano e dois meses), a atriz se mostra preocupada. É que para atuar na trama de Walcyr Carrasco, ela precisou deixar a filha em casa, no Rio, aos cuidados da babá. "Na verdade, está sendo um grande aprendizado, até mesmo para a Manu. Hoje vejo minha filha mais independente", admite.

EP NEWS - A diretora Miriam de "Sete Pecados" está em alta...

GABRIELA DUARTE - Está sendo melhor do que esperava. Ela não é só uma mulher do bem, boa moça. Ela acredita , tem ética, fé nas coisas. A personagem já tinha uma apresentação maravilhosa e, ao longo da novela, fiquei ainda mais entusiasmada. É bom fazer um trabalho assim, que te dá prazer, que tem uma coisa positiva. Hoje em dia as pessoas estão precisando desse tipo de mensagem e é importante que elas se deparem com bons valores. A Míriam é isso, mas sem ser boba, chata, caricata.

EPN - Você precisou ir a uma escola pública, conhecer a realidade dos alunos e professores para fazer a nova personagem. O que achou dessa experiência?

GD - Pena que foram só dois dias. Não pude fazer um laboratório mais longo porque estava amamentando. Conheci uma escola no centro de São Paulo e eles me receberam de braços abertos. Senti neles a necessidade de serem bem representados, para que fosse mostrado de uma forma honesta, sincera. Numa das conversas que tive no laboratório, ficou muito claro para mim que não existe a figura do diretor ditador. Hoje, essa figura pedagógica é muito mais maleável, muito mais amiga. Então fui por esse lado para construir a Miriam que, ao meu ver, é uma pessoa que quer contribuir no sentido de ter uma escola melhor, uma sociedade melhor.

EPN - Foi difícil deixar sua primeira filha ainda pequena em casa para se dedicar ao trabalho?

GD - Muito difícil. Mas acho que é assim, não tinha como ser diferente. Sempre trabalhei, essa é minha realidade. Eu falo 'tchau filha, mamãe vai trabalhar' e é claro que ela tenta fazer uma chantagenzinha, mas também está no papel dela de neném, não é(risos). Só que vejo em seus olhos que, por ela, tudo bem. Passam dois minutos e ela está ótima, brincando, rindo com o programa na TV. Não é um drama. Agora como mãe é duro (risos). Saio de manhã e volto à noite. Às vezes tenho que ligar para a babá e perguntar: "do que vocês estão brincando?". Filho muda tudo na vida, mas para melhor.

EPN - Sua mãe lhe dá muitos conselhos sobre como se dividir entre ser mãe e atriz?

GD - Uma vez minha mãe falou uma coisa genial: 'Não dá para lutar contra, tem que assumir que é assim'. É um acúmulo de funções, puxado, cansativo. Não adianta achar que vou chegar em casa e descansar. Quando saio da gravação, penso: 'Agora é que meu dia vai começar' (risos). Mas é gostoso, muito bom.

EPN - E como é a Regina Duarte como avó?

GD - É muito bom ver a minha filha e minha mãe juntas, elas se entendem completamente. Minha mãe é jovem, dinâmica, criativa. Inventa umas brincadeiras e a Manoela se diverte, dá gargalhada. A gente pode até não concordar em tudo com relação à educação, mas ela não tem esse perfil de deseducar (risos). Tem os limites, o carinho, o respeito. Agora óbvio que o tempo que ela tem com a Manuela é para ficar junto, não para ficar estabelecendo limites. Ela é apaixonada pela Manuela.

 

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